Musgo-prata

Musgo-prata Bryum argenteum Hedw.

  • Onde me podes visitar: Parque Biológico
  • Origem: Autóctone
  • Descrição:

    É um dos musgos mais comuns nas cidades, com características inconfundíveis e fáceis de reconhecer a olho nu. Forma tipicamente tufos verde-esbranquiçados com aspeto afilado e, quando seco, reflete um brilho prateado, daí o seu nome comum de musgo-prata. 

     

    As folhas são pequenas e muito justapostas, com uma disposição semelhante à das telhas num telhado, terminando num ápice constituído por células quase brancas e sem clorofila, responsáveis pela aparência prateada. As folhas são dignas de serem vistas ao microscópio, pois as células formam um perfeito padrão hexagonal. As cápsulas, órgãos onde se desenvolvem os esporos, são caracteristicamente pendentes, verdes quando jovens e castanho-avermelhadas quando maduras, geralmente na primavera. Para além dos esporos, esta espécie também se propaga facilmente por pequenos fragmentos das suas folhas – propágulos vegetativos.


    É uma espécie com uma distribuição cosmopolita e uma das poucas espécies de musgos que pode ser encontrada em todos os continentes. Recentemente foi encontrado na Antártida, tendo sido provada pela primeira vez a persistência de briófitas na Antártida durante os ciclos glaciares.
    De todos os musgos, Bryum argenteum é das espécies mais dominantes em habitats artificias do que naturais. Coloniza preferencialmente solo rico em nutrientes, em zonas expostas e secas. Surge frequentemente em habitats humanizados, sobre paredes, bermas de caminhos, muros ou fissuras de rochas e a sua presença indica, particularmente, a existência de nitratos no local onde se encontra. É uma espécie bastante tolerante à poluição atmosférica de ambientes urbanos e um bioacumulador de metais pesados, sendo, por isso, muito usado em estudos de avaliação de contaminação de solos. É também um musgo que possui substâncias com propriedades antimicrobianas.


    No Parque Biológico, é possível observar esta espécie nos muros ou sobre a terra. E que tal, num próximo passeio pelo Parque ou por qualquer rua de uma cidade, tentar procurar o musgo-prata, tal como se fosse uma caça ao tesouro? Afinal, apesar de não ser um verdadeiro tesouro, é valioso pela sua persistência e resistência nos ambientes urbanos. Fica aqui o convite. Bom passeio!

     

    Texto: Helena Hespanhol (CIBIO/INBIO-UP) e Cristiana Vieira (MHNC-UP). Foto: Cristiana Vieira (MHNC-UP).
    Fonte - Revista «Parques e Vida Selvagem» n.º 56.

 

Câmara Municipal de Gaia

Rua Álvares Cabral 4400-017 Vila Nova de Gaia

Contactos

Parque Biológico de Gaia

R. Cunha, 4430-812 Avintes, Vila Nova de Gaia, Portugal

© 2018 Municipio de Gaia. Todos os Direitos Reservados. Desenvolvido por Municipio de Gaia

 

Câmara Municipal de Gaia

Rua Álvares Cabral 4400-017 Vila Nova de Gaia