Hepática-escamosa

Hepática-escamosa Porella obtusata (Hedw.) Sm.

  • Onde me podes visitar: Parque Biológico
  • Origem: Autóctone
  • Descrição:

    De uma forma geral, os musgos não são muito procurados por pequenos animais como fonte de alimento.


    No caso desta espécie, foi mesmo demonstrado que possui substâncias para evitar ser comida por lesmas e insetos. Por esta razão, está a ser testado um produto, um pesticida natural, que contém vários extratos de plantas, nomeadamente desta espécie. Afinal, até uma hepática pouco apetecível pode revelar-se útil.


    É uma espécie que se vê bem a olho nu, pela dimensão robusta e forma de crescimento em tapete. Para além disso, esta hepática folhosa destaca-se pela semelhança dos filídeos (pequenas folhas) a escamas, daí o nome comum (hepática-escamosa). Os tufos rígidos, brilhantes, de cor verde-escura ou mesmo castanha podem atingir até 8 cm e são bastante ramificados.


    Os filídeos são bilobados e têm tamanho desigual, em que o lobo dorsal é nitidamente maior que o ventral.
    Os lobos dorsais são ovado-arredondados, inteiros e recurvados para baixo na extremidade; os filídeos ventrais são inteiros e têm bordos enrolados. Possui ainda uma fiada de filídeos ventrais, os anfigastros, lingulados (em forma de língua) e de bordos enrolados e inteiros.


    Em comparação com outras espécies do género, é a espécie que apresenta os filídeos mais largos. O nome obtusata deve-se ao facto de os lobos dorsais serem largamente obtusos, para além de serem de tamanho aproximado aos anfigastros. Porella é diminutivo de porus (poro) e refere-se à abertura do perianto (estrutura tubular, cuja função está associada à proteção da estrutura produtora de esporos, o esporófito) em forma de poro. É umas das hepáticas folhosas que melhor tolera a falta intermitente de água.


    Estende-se por toda a Europa, sendo bastante comum na área mediterrânica. É muito vulgar e abundante no Norte do país, sendo a espécie dominante do género Porella. Coloniza normalmente muros, rochedos e também troncos. No Parque Biológico pode ser encontrada em muros com algum ensombramento.

     

    Texto: Helena Hespanhol e Cristiana Vieira (CIBIO-UP).
    Fonte - Revista «Parques e Vida Selvagem» n.º 40.

 

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