Gaivotas urbanizadas

Não se deve alimentar gaivotas.
As pessoas que vivem em ambiente urbano fazem isso por bondade, mas não medem as consequências.
Ao criarem esse hábito, geram nestas aves do litoral expectativas de obtenção de comida fácil e fixam-nas nas redondezas

de suas casas.
Em casos extremos, estas gaivotas deixam até de realizar as migrações que lhes são inerentes, entre a Europa e África, e adaptam-se praticamente todo o ano a telhados de edifícios citadinos, como se estes fossem escarpas à beira-mar, o seu habitat natural.
Esta alteração de comportamentos nas gaivotas causada por seres humanos, desatentos à regulamentação em vigor, faz com que em alguns pontos das cidades, regra geral no estio, haja muito ruído: as vocalizações das crias de gaivota que saem dos ninhos convertem-se em poluição sonora ao exigirem ininterruptamente, de dia e de noite, alimento aos progenitores.
Muitas delas serão atropeladas inadvertidamente na rua ou atacadas por animais ferais, como os gatos vadios.
A procriação descontrolada dos animais conduz ao surgimento de riscos sanitários decorrentes da presença excessiva, em especial na via pública, de dejetos.
Ao explicar-se estes factos a quem vive na cidade, concretamente em algumas das atividades desenvolvidas em espaços verdes, supõe-se que o problema tenda a diminuir.
Há também outros fatores que contribuem de modo favorável. É o caso do aumento dos recipientes para recolha de lixo e sobretudo as práticas do quotidiano dos cidadãos que pouco a pouco vão percebendo que pequenas atitudes exponenciadas numa população numerosa podem gerar graves desequilíbrios, sendo exemplo disso mesmo o caso da alimentação de gaivotas urbanizadas.
Com a continuidade das campanhas de esclarecimento estas espécies nativas do património natural português – concretamente a gaivota-de-patas-amarelas – tenderão a regressar lentamente ao seu papel na natureza sem necessidade de medidas drásticas como o abate, envenenamento ou outras igualmente indesejáveis. Mas a verdade é que uma boa parte deste problema prende-se com a ajuda de cada cidadão.

 

 

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